Que coisa é essa que me dá, que não tem me deixado ser.
Por que ao te encontrar sinto-me escapar de um não sei lá o quê?
Às vezes penso que ser água é deixar que minha correnteza corra naturalmente com a força de minha vontade, alheia a tudo e a todos, ainda viva e serena, no mais limpo espaço magnificamente só meu.
Sou um Dasein perturbado por mais uma transação destinal.
Colocada no lugar do ainda não saber, vou sendo assim, dispersa e atenta, mesclando vivências com transformismos.
Borboletas quase saem de mim e me atravessa aquele ainda medo de nascer completamente para o agora já posto e escolhido.
O agora... esse é meu Mestre, agora! A ele me entrego e vou assim reconstituindo pedaços de mim e descobrindo novas poções de um inebrinate perfume de mim mesma que deixa pra trás aquele odor de dor e desilusão.
Hoje estou aqui, mais forte, não totalmente eu, pois ainda me busco onde não devo, ainda me vejo num espelho quebrado que insiste em me prender a lembranças que não me servem mais.
Vou caminhando, me perdendo, mas me achando mais, e nesse caminhar vou encontrando pessoas, tons, sons, cores, espaços que me cabem e que parecem me convidar para ficar. Eu meio que ainda temerosa, de não sei o quê, titubeio... Mas sei o que quero, quem quero e porque quero.
Preciso apenas ajustar a lente de meus olhos para não fazer o pouco parecer muito, e o muito parecer pouco. Por isso às vezes coloco meus óculos para enxergar a beleza da medida justa que por agora , e só agora, se oferece a mim.
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