
Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei pra onde vou.
Sei que nesses passos
vou me achando entre alguns compassos, e me desesperando em outros atrasos.
Vivo inconstante na minha constância.
E por hora, ainda constante nessa longa inconstância.
Mas se um dia o efêmero der espaço ao duradouro
Vou até me redimir, de uns tempos perdida entre um e outro.
Hoje vivo o agora, com todo seu poder
Quero me restabelecer de certas escolhas.
Não as julgo erradas ou acertadas.
Mas seguramente estas me deixaram toda "complicada"
Se acaso eu achar uma chave
Não sei se a pegarei.
Pois no momento
Ou as portas são muitas ou totalmente inexistentes.
Pra muitas, não sei se uma chave bastaria
Diante de minha atual e cruel ansiedade.
Pras inexistentes
Chaves sequer fazem sentido.
Meu Eu
Onde estou agora?
Minha beleza não me trouxe dinheiro
Somente amores fugazes, e uma dúzia de terríveis problemas.
E essa beleza não é esta convencional e tola
A que muitos se apegam nos dias de hoje.
Ela é rara, prática, serve a muitos
Mas parece que à sua própria dona, ela insiste em ser mirada num espelho que outrora se quebou, e que por hora se encontra se muito valor.
Mas ainda há aquela famosa luz que reluz à frente de Pandora.
A esta não me apego, apenas não ignoro.
Pois sei que o que hoje é potência
Um dia será ato. Não importando o quando.
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