sexta-feira, 28 de março de 2008

Você Foi

Você foi

Muito legal comigo, me trouxe conforto.
Me trouxe alegria ao coração.
Não tenho o que reclamar.
Acho que apenas não consegui te entender e sustentar seu jeito.
É que sou muito emocional, e tenho o grave problema de sentir tudo muito intensamente.
Bom, para alguns isso pode não ser um problema, mas muitas vezes passa a ser.

Não é que que não tenha dado certo; afinal, o que é o certo, o que é o errado?
As intenções, de ambos os lados, sinto sempre terem sido muito boas.
Mas talvez - posso dizer só por mim - eu não tenha sabido o como.
Talvez eu nem tivesse que saber, mas é que procurei saber, e fui perguntando. E ai, eu cometi o meu maior deslize: perguntar.
Eu pergunto demais.
Tenho que ainda aprender a velha e sábia lição de minha avó: quando algo ia mal, ocasionando desentendimentos, ela dizia: "releve, minha filha".
Eu até hoje não sei aonde esse "releve" pode nos levar. Mas também acho que nunca experimentei de fato, ver onde ele pode dar.
Mas hoje o fato é que você deu sua sentença irrevogável. E contra ela eu nada posso fazer.

Eu agradeço, a você, ao nosso encontro. Alguma cura foi propiciada. Pra mim, pra você, pra um(ns) nós. Em breve, cada uma saberá pra si.

Se Fue

Sessão encerrada
Porta fechada.
Coração partido
Zueira no ouvido.

Símbolos desgastados
Suspiros retardados.
Encontro possível
O resto todo falível.

Um naufrágio acontece
Mas logo o dia amanhece
E de novo eu levanto
Mesmo que pra meu espanto.

Nessa onda de Enforcado
Coisas vão ficando de lado
Mas ainda sim vou me dizendo com o coração:
Sobreviverei mesmo no olho do furacão.

Aquarianos me atormentam e insistem em chegar
Por que será, já que existe tanto rio pra nadar?
Com aquário sinto-me presa
Gosto mesmo é de correnteza.

É muita água, eu confesso
E paciência sempre peço.
É que nado em profundidades
E detesto superficialidades.

Super egos me aborrecem
Por que será que eles sempre aparecem?
Não quero mais o descaso disfarçado
Quero a autenticidade e a flexibilidade, num relacionamento, incorporado.

Talvez isso seja querer demais.
Já que que o mundo tem se fechado para a paz!
E nas relações isso não é diferente.
É pena que em alguns seja quase uma moeda corrente.

Mas aqui vou dizer
O que com você agora posso ver
Que não tenho que pensar, nem pesar.
Apenas continuar... a ser.

sábado, 22 de março de 2008

Acusas-me

Acusas-me

De te querer
De te desejar
De seu corpo querer ao meu lado
Do seu tempo, ter um pouquinho pra mim
De nada falar
Dos meus silêncios
Das minhas palavras
Do meu jeito de te dar a coberta

Acusas-me
Em vão
Com tão
No vão
Queres me deixar sem chão?

Suas acusações são infundadas
Caducadas
Deveriam ser ignoradas

Mas se queres que eu seja qualquer figura que te sirva
para ter pretextos para não amar, ou para em alguém se segurar e assegurar
que é possível...
Então não me vês
E se não vês, me acusas

E me acusando eu me vou... indo, com pena de não ter sido real o que o virtual cumpriu.

sexta-feira, 21 de março de 2008

AGORA



Eu não sei o que vi aqui

Eu não sei pra onde vou.

Sei que nesses passos

vou me achando entre alguns compassos, e me desesperando em outros atrasos.


Vivo inconstante na minha constância.

E por hora, ainda constante nessa longa inconstância.

Mas se um dia o efêmero der espaço ao duradouro

Vou até me redimir, de uns tempos perdida entre um e outro.


Hoje vivo o agora, com todo seu poder

Quero me restabelecer de certas escolhas.

Não as julgo erradas ou acertadas.

Mas seguramente estas me deixaram toda "complicada"


Se acaso eu achar uma chave

Não sei se a pegarei.

Pois no momento

Ou as portas são muitas ou totalmente inexistentes.


Pra muitas, não sei se uma chave bastaria

Diante de minha atual e cruel ansiedade.

Pras inexistentes

Chaves sequer fazem sentido.


Meu Eu

Onde estou agora?

Minha beleza não me trouxe dinheiro

Somente amores fugazes, e uma dúzia de terríveis problemas.


E essa beleza não é esta convencional e tola

A que muitos se apegam nos dias de hoje.

Ela é rara, prática, serve a muitos

Mas parece que à sua própria dona, ela insiste em ser mirada num espelho que outrora se quebou, e que por hora se encontra se muito valor.


Mas ainda há aquela famosa luz que reluz à frente de Pandora.

A esta não me apego, apenas não ignoro.

Pois sei que o que hoje é potência

Um dia será ato. Não importando o quando.


sábado, 15 de março de 2008

Adiante... assim vou!

então,

já estou aqui...
caminhando devagar, organizando as idéias e os ideais.
Direcionando-me para o que de fato é relevante.
Fazendo sacrifícios, até que nem difíceis, mas para um certo tempo da minha vida, seriam considerados over.

O futuro acena como um desconhecido que diz olá e nos perguntamos de onde o conhecemos.
Ele às vezes vem ao presente e traz consigo, de relance, aquele vislumbre de conquista.
Mas o quando, este é que pega. Não sei quando!

Não importa.
A transição está em seus momentos finais
e o aqui já se configura como uma realidade tangível.

Que seja fato, que a prosperidade está próxima e os louros são os protagonistas de minha iminente colheita.

quarta-feira, 12 de março de 2008

POUCAS HORAS ANTES...


Daqui a pouco uma vontade se materializa.

Parto para uma nova jornada de vida.

Aquela que meu coração escolheu trilhar.


Levo na bagagem coragem, determinação, força, conhecimento, mansidão de coração,

esperança, proteção e CONSCIÊNCIA.


É verdade que nessa hora dá um friozinho na barriga,

Uma rápida brisa traz o medo, que logo é levado.

Talvez ele venha só como último teste, pra marcar presença mesmo.


Mas não adianta

Dessa vez eu quero, por mim, para mim.

E isso é tudo!!!


É uma partida destemida

Com muito descompromisso com o que quer que queria me desviar.

Afinal, vou para mim, para meu conforto, para me buscar mais e me encontrar mais.


Só! Longe daqueles olhares maternais e incansáveis, cheios de mimos que só uma mãe consegue dar.

Mas ela sabe e sente que devo ir.


E também por isso, minha ida é abençoada.


Então... que meus pés se preparem, pois a caminhada acaba de começar.

E que ao longo dessa trajetória eu saiba ver a paisagem, me encantar com ela, sem nela me perder.

Saboreando frutos, colhendo louros e compartilhando sempre.


Amém!

segunda-feira, 10 de março de 2008

A ROTA


Partir...

Andar...

Sair...

Chegar!


O que me leva...

O coração, a ação, a canção?

Ou será a emoção, a comoção, a condição?


Vou,

Porque aqui não é mais o meu lugar.

Vou para onde a garoa cai em dias comuns, sem precisar ser inverno ou outono.

Para onde tem-se poucas horas de sono.

Vou para o alcance de minha mão.

Para a realização de meu coração.


E quando eu lá chegar,

Vou para ti ligar.

Para confirmar

Que não estou à deriva

Mas sim, sobretudo viva, e pronta para recomeçar!


Que a mim, os deuses acompanhem

E sempre me mandem sinais

Para eu me certificar, de que a rota é esta

Nem sempre com muitas retas, mas recheada de curvas a me encantar.


Que elas não me deixem tonta

Pelo contrário,

Me mostrem que é possível girar... dançar... surfar

No repente que a vida nos conta.


sexta-feira, 7 de março de 2008

O TEMPO

Uma certa Vastidão me toma hoje.

Tenho pensado que o tempo é algo tão relativo. Por que aqui na 3ª dimensão precisamos tanto dele? Tem algum físico aí que possa me explicar?
Eu não sei. O que aconteceria se o tempo não existisse? Será que tudo ficaria parado? Estar parado ou em movimento depende do tempo? Por que para alguns ele é até contabilizado? Já não basta esse tanto de números inúteis a que tantos se apegam!?
Mas mesmo diante desta minha quase aporia, eu continuo achando que o tempo poderia ser bem diferente.
Veja! pra mim, ultimamente, ele não tem feito muita diferença. Os meus dias têm chegado e passado e eu nem percebo. Acho só que me acostumei a falar dele porque já passei dos 30, e como quase todos os normóticos, vou também dizendo que já estou velha pra isso, pra aquilo, etc. Quanta besteira!!!! Eu tô muito nova. Tanto ainda por ser feito. Agora que cheguei no meu primeiro terço de vida! hehe.
Mas voltando a ele, o tempo, eu penso que vou deixar de ser besta e viver aqui como se fosse uma outra dimensão, onde o tempo não é uma variável tão importante assim. Pois afinal, pra que ele serve mesmo? Já se perguntou isso? Bem, vou procurar algum filósofo que o tenha estudado. Talvez meu querido e adorado Kierkegaard tenha falado sobre. Afinal, pra se pensar tão bem sobre a existência, tem que se levar em consideração este nada frágil e curador aspecto do viver.

O fato é que nós passamos e ele não! Ele sempre está ai, a não ser para os xamãs que conseguem fazê-lo parar. Quando chegamos, ele já estava. Quando formos, ele continuará.
Só mais uma pergunta: será que o tempo é só mais uma criação nossa, ou uma mera adaptação neurológica?

É! Acho que vou ler Einstein mesmo!

segunda-feira, 3 de março de 2008

HOJE É TUDO 3

33 ANOS, HOJE, 3 DO 3

3+3+33= 39
3+9=12
1+2=3

Puxa!!!! Estou muito feliz, como há muito tempo não me sentia.
Minha alma pula de alegria, meu coração retumba de contentamento.

Obrigada GRANDE MISTÉRIO!!!!!!


Previsões para este lindo dia (3 de março de 2008)

Não dê calote em si mesmo! O astral de hoje está ótimo para você integrar tudo que lhe agita a alma e fazer com esses conteúdos dispares um todo harmônico. Mais: será o combustível para a real mudança de orientação na vida. Este é um tempo importante para você, de definições e de libertação profunda.

sábado, 1 de março de 2008

DE ONDE

Que coisa é essa que me dá, que não tem me deixado ser.
Por que ao te encontrar sinto-me escapar de um não sei lá o quê?
Às vezes penso que ser água é deixar que minha correnteza corra naturalmente com a força de minha vontade, alheia a tudo e a todos, ainda viva e serena, no mais limpo espaço magnificamente só meu.
Sou um Dasein perturbado por mais uma transação destinal.
Colocada no lugar do ainda não saber, vou sendo assim, dispersa e atenta, mesclando vivências com transformismos.
Borboletas quase saem de mim e me atravessa aquele ainda medo de nascer completamente para o agora já posto e escolhido.
O agora... esse é meu Mestre, agora! A ele me entrego e vou assim reconstituindo pedaços de mim e descobrindo novas poções de um inebrinate perfume de mim mesma que deixa pra trás aquele odor de dor e desilusão.
Hoje estou aqui, mais forte, não totalmente eu, pois ainda me busco onde não devo, ainda me vejo num espelho quebrado que insiste em me prender a lembranças que não me servem mais.
Vou caminhando, me perdendo, mas me achando mais, e nesse caminhar vou encontrando pessoas, tons, sons, cores, espaços que me cabem e que parecem me convidar para ficar. Eu meio que ainda temerosa, de não sei o quê, titubeio... Mas sei o que quero, quem quero e porque quero.
Preciso apenas ajustar a lente de meus olhos para não fazer o pouco parecer muito, e o muito parecer pouco. Por isso às vezes coloco meus óculos para enxergar a beleza da medida justa que por agora , e só agora, se oferece a mim.