
Hoje eu olhei pra ti, céu, e você me mostrou a passagem... Me mostrou que agora é pra valer, que estou mesmo indo, e tenho que ir. Me mostrou que estás abençoando meu novo trajeto de vida. Um trajeto que fisicamente me separa, mas mantém a união, os vínculos indissolúveis que fazem exalar de meus poros amor e gratidão.
Aqui vivi, aqui chorei, daqui fui embora outrora, para o aqui voltei. Mas agora... parece que vou, não há mais... há o amor. Este não fica, ele vai, para onde quer que eu possa estar.
E vou com a coragem que nem sei se tenho, mas que sinto pulsar quando já me vejo me misturando num Lá, onde ainda não estou, com um Cá, que ainda não deixei.
Se Eu sou ponte, quem É ponte para Mim? Eu? Ele?
Pudera eu, quase no meio da ponte, poder responder em meio ao nevoeiro, a tão sublime pergunta. Mas a ponte, ela existe! estou nela! Ela me apresenta o entre, o não estar ali nem aqui, o não lugar, as possibilidades de um vazio cheio.
Sendo assim, só há um lugar onde agora eu possa estar: aqui, dentro. Não há o fora; ele aguarda ser configurado.
Este não lugar, é o lugar onde o passado e o futuro se mostram ao presente, tornando o Agora o grande cuida-dor (da vida)... que se configura, sem nem que se saiba.
A passagem tem cor: sete! e o passado é monocromático; não porque tenha morrido, mas porque o pintor (Eu) deslocou sua mão, que segura o pincel, para outra paisagem, que lá de longe acena com um leve sorriso de quem quer ser pintada.
E assim, hoje, você, céu, me fez ver que a estrada está bem à frente, convidativa, brincando com a imaginação da minha criança que sempre quis saber o que aconteceria se alguém conseguisse passar por baixo do arco-iris. É! Você é esperto, captura logo a minha inocência e não me deixa escolhas, a não ser a de compreender que já escolhi.
Pois bem,
Que meu Ser seja meu guia!
Amém!
Um comentário:
BOA NOITE RE.
UAUU QUE LINDA SUAS PALAVRAS.
DESEJO QUE OCORRAS O MELHOR.
BEIJOS ANA
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