
Você , leitor, já se sentiu não pertencente a este planeta tão maravilhoso que habitamos? Pois eu sinto isso quase todos os dias, principalmente quando me perco em devaneios abismais.
Às vezes sinto a Terra tremer, girar, respirar. Você já se conectou assim com a Terra? Pois deveria. É sensacional! Sente-se paz, continência, como num acalanto realizado pela Mãe Terra.
Acredito que perdemos essas sensações há muito tempo.
Quanto tempo do seu dia você gasta olhando para o céu, de dia e à noite? Quantas vezes você se pega sentindo o contato da água que te banha, limpa e reenergiza todos os dias? E o ar, já parou hoje para sentir aquela gostosa brisa que vem sempre ao encontro de seu corpo; ou já se perguntou se o clima da cidade onde você mora é o ideal para o perfeito funcionamento estrutural e fisiológico de seu corpo?
Já parou pra pensar que você habita um planeta cheio de criaturas desconhecidas, ainda não catalogadas pela ciência e que sem a presença delas sua vida não tem o mesmo andamento?
E os seres homo sapiens sapiens que vivem e convivem com você? Já se ligou que você todos os dias, por várias horas troca informações, afetos, estímulos, olhares, fluidos, sentimentos, com seres iguais, porém completamente diferentes de você? Seres com personalidades diferenciadas e únicas, que realizam mais ou menos conexões sinápticas que você; que são capazes de pensar sobre o pensar; que realizam arte; que são capazes de se autodestruir; que tiram a vida alheia por puro querer e nada mais; que são a ponte para outras dimensões e custam acreditar que tais existam; seres que fazem da posse de um mero pedaço de papel(em montes) a justificativa para sua felicidade ou o contrário; que só se enxergam em espelhos ambulantes revestidos do mesmo envoltório e com as mesmas funções fisiológicas? Seres dicotômicos, paradoxais, unos. E aí, já pensou sobre isso?
Pois é, como seria o que chamamos de E.T. nos observando agora? O que será que pensariam de nós? Estariam por acaso dandos boas risadas de nossa incapacidade de enxergarmos a nós mesmos e vermos a jaula que nós próprios criamos todos os dias?
É! Essa é a maravilha de vida que nos é dada a cada momento. E muitos nem prestam atenção às singularidades desse fantástico exercício do viver.
Lembrem-se: não criamos ficção somente para nos entretermos. Ela existe pra nos fazer recordar de onde viemos, quem somos e o quanto ainda temos a nos reconhecer. Pensem em tudo isso!
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